quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Especial 'BAD 25' da TIME: O Legado de 'BAD'

TIME, 22 de agosto de 2012
Por Lily Rothman

Nove meses e duas semanas após o lançamento do álbum, cinco músicas de Bad - I Just Can't Stop Loving You (com Siedah Garrett), Bad, The Way You Make Me Feel, Man In The Mirror e Dirty Diana - haviam chegado ao topo do Hot 100 da Billboard, colecionando sete semanas no topo, marcando um novo recorde mundial.

Lee: O legado do álbum é que você tem dois legados. Tem algo que Thriller não tem: cinco singles No. 1 consecutivos. Mas, número dois, é que foi o álbum que deu sequência a Thriller, o álbum mais vendido de todos os tempos.

Branca:
Bad foi um álbum de enorme influência. Teve um enorme impacto em muitos dos maiores artistas de hoje, astros, que apontam para aquele álbum e seus clipes como influências em suas carreiras.

Afrojack: Toda música sempre foi influenciada pelo próximo nível de produção. Faz muito tempo já. É divertido ver como ainda é inspirador.

Branca: Como eu disse, eu lembro daquela conversa com Michael onde eu tentei tirar a pressão dele e ele disse não, ele colocou a pressão de volta em seus ombros. Eu me lembro o quão determinado ele estava. Eu acho que ele se divertiu muito na turnê de Bad. Quando você assiste as imagens você vê que ele realmente está se divertindo. Ele saiu por conta própria; ele estava em completo controle. Eu acho que foi uma época ótima na vida de Michael.

Phillinganes:
Foi uma loucura. Eu me lembro [dos shows] de Wembley. A Princesa Di apareceu e Michael, aquele cachorrão de sorte, ficou na fila para recebê-la. Nós podíamos vê-la bem, com seu vestido amarelo, sentada em seu camarote. Toneladas de pessoas apareceram. Naomi Campbell. Amigos meus com quem eu já tinha saído em turnê apareceram. Eric Clapton, Phil Collins, Barry Gibb. Todos eles estavam lá. Nós fizemos três shows no Wembley, e é o Estádio Wembley, não uma arena, então havia pelo menos 70,000 pessoas. Você nem consegue imaginar a emoção de assistir a 70,000 pessoas acendendo seus isqueiros durante Man In The Mirror.

Branca: [As imagens de shows no DVD de BAD 25 são de] um show do começo ao fim. Não há edição e colagem de shows diferentes. É um show. Michael Jackson no Wembley Stadium na presença do Príncipe Charles e de Lady Diana. Ele na verdade menciona eles no começo e no fim do show. Nós tínhamos imagens em alta qualidade de outros shows, mas o áudio não era muito bom. De Wembley nós tínhamos ótimo áudio mas tudo o que tínhamos visualmente era a cópia de VHS do Michael do monitor dos telões.

Phillinganes:
Eu não ficava com ele quando ele [assistia as fitas em VHS de seus shows], mas era sempre para melhorar. Ele era muito meticuloso sobre todo aspecto do show, particularmente coreografia, iluminação. Ele sempre lutava para manter o nível que ele estabeleceu para si mesmo.

Forger: Para mim, realmente foi o momento quando Michael tomou a frente de sua carreira solo e você podia entender a personalidade de Michael musicalmente. Não é que não dava para entendê-la antes, é que agora em sua carreira solo ele tinha tomado todo o apoio que Quincy [Jones] havia dado a ele. Isto estava acontecendo.

Phillinganes:
Foi provavelmente o ponto mais transitório em estabelecer sua independência musical. E todas as músicas falam por si mesmas. É uma coleção redonda de grandes músicas.

Forger: Para mim a minha favorita no álbum Bad é, ironicamente, uma das músicas que Michael não compôs, e ela é Man In The Mirror. Man In The Mirror para mim representa aquele lugar para qual Michael começou a dirigir sua energia. Você começa a ver realmente onde o coração de Michael está, onde sua alma está, qual sua intenção para o que ele gostaria de conquistar com sua música, e isto é algo que em material muito posterior fica claramente evidente, e este é o momento em que você vê isto tomando o primeiro plano, eu acho, com tanta força.

Branca: Obviamente Michael é um artista cuja popularidade viverá pelas próximas gerações. É engraçado, eu estava falando com Spike Lee sobre isso, alguns artistas são grandes cantores mas eles não compôem suas próximas músicas, e alguns artistas são grandes compositores mas eles não são excelentes vocalistas ou eles não conseguem dançar. Você olha para Michael, e ele conseguia compôr as músicas, produzi-las, ele podia cantá-las, ele podia dançá-las, e ele tinha essa percepção de estilo das tendências da moda. Ele é um artista único nesse sentido.

Lee: Para ser honesto, ao longo dos anos, Bad cresceu em tamanho... Às vezes você não entende no momento que é lançado. Nós não podemos enfatizar mais: Bad foi a sequência do disco mais vendido da história da civilização humana. Você não pode exagerar nisso.




Traduzido por Bruno Couto Pórpora