quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Diplomacia Pop de Quincy Jones

New York Times, 21 de setembro de 2012
Por Andrew Goldman

Você certa vez escreveu que Michael Jackson parou de trabalhar com você porque ele se sentiu ameaçado pelo crédito que você estava levando pela música dele. Considerando que ele nunca conseguiu repetir o sucesso que teve com Off The Wall, Thriller e Bad, o quanto de crédito você merece?

Bem, o que você acha?

Eu não sei. Eu não estava no estúdio.
Você escutou os álbuns, não escutou? Isto não tem nada a ver com ninguém. É a combinação de nós dois. Você está falando de um dos garotos mais talentosos na história do show business. Michael era muito observador e minucioso com detalhes. Você junta isso com o meu passado como arranjador de orquestras e compositor, e nós não tínhamos limitações.

Ele nunca disse pessoalmente a você que ia seguir sozinho?
Não, nunca disse. Está tudo bem, cara. Não é como se eu fosse rolar e morrer. Ele disse ao empresário dele que eu estava ficando louco, que eu não entendia a indústria porque eu não entendia que em 1987 o rap estava morto. O rap não estava morto. O rap ainda nem havia começado.



Traduzido por Bruno Couto Pórpora