TIME, 28 de Agosto de 2012
Por Lily Rothman
A revista TIME preparou um especial em comemoração aos 25 anos do álbum BAD, em uma série de entrevistas com Spike Lee (diretor do documentário que homenageia o álbum), Greg Phillinganes (músico que trabalhou no álbum e foi o diretor musical da histórica turnê), Matt Forger (engenheiro de som e produtor no álbum), Afrojack (DJ que remixou uma nova versão de BAD para a versão comemorativa) e John Branca (co-executor do Espólio de Michael Jackson). Confira abaixo a primeira parte deste especial, "Conhecendo Michael"!
Lee: Eu acompanhava Michael Jackson desde que ele era o jovem garoto do Jackson 5. Eu nasci em 57 e ele em 58, então somos literalmente da mesma geração.
Afrojack: Eu faço 25 anos em setembro. Minha mãe tinha sua própria academia de dança e ela fazia muitas coreografias das músicas do Michael Jackson. Eu costumava ser um pouco dançarino eu mesmo, mas apenas por divertimento. Foi a primeira vez que o escutei, nos meus anos de bebê.
Phillinganes: Lá em 77, eu acho, um amigo meu chamado Bobby Colomby, que era um executivo da CBS na época, estava me pressionando para eu ficar mais envolvido nos arranjos. Ele disse, "Você vai fazer mais arranjos e aqui estão os artistas com quem você irá trabalhar." E de repente eu estou numa sala com Michael e seus irmãos, e eu acabei fazendo seção rítmica para os álbuns Destiny e Triumph [dos Jacksons]. Foi obviamente uma grande emoção para mim estar na mesma sala com os caras que eu idolatrava no colegial.
Forger: Eu conheci Michael em uma sessão de Quincy Jones. Eu estava trabalhando com Quincy Jones e nós estávamos fazendo o álbum da Donna Summer e tivemos que fazer uma pausa no meio do disco porque era o único momento que Michael Jackson e Paul McCartney estavam livres para gravar. Foi para a gravação da música The Girl Is Mine, que foi a primeira canção do álbum Thriller.
Branca: Michael e eu nos conhecemos em Janeiro de 1980. Ele estava procurando formar seu próprio time. Eu acho que ele tinha 21 anos na época; eu me tornei seu advogado. Ele tinha acabado de lançar Off The Wall então naquele período eu renegociei seu contrato fonográfico e então ele começou a trabalhar em Thriller. Às vezes pode ser complicado separar o lado criativo do lado dos negócios e isto foi certamente verdade durante o período de Thriller. Eu não estava envolvido no processo criativo mas eu estava lá ajudando a fazer os contratos que tornaram possível a realização do curta de Thriller.
Forger: Naquela época ele era reservado, muito quieto, mas ao mesmo tempo extremamente focado. Ele sabia tudo o que tinha que acontecer numa canção. Ele era muito direto, muito concentrado sobre onde cada parte musical deveria estar. Ele era muito profissional, muito bem preparado.
Phillinganes: No momento em que trabalhávamos em Bad, as idéias de Mike se tornaram mais fortes e claras.
Traduzido por Bruno Couto Pórpora