Reuters, 9 de dezembro de 2010
Por Jill Serjeant
Trechos de amolecer o coração do arquivo de performances do Rei do Pop, misturados a crianças cantando e imagens multiculturais de felicidade marcam o clipe de 4 minutos criado para Hold My Hand - um dueto gravado com o cantor de R&B e produtor Akon em 2007, que é o primeiro single oficial do álbum Michael.
Foi lançado no website oficial de Jackson, www.michaeljackson.com, antes do debut de Michael no próximo dia 14 -- uma coleção de 10 músicas finalizadas por diversos produtores musicais após a morte repentina do cantor em junho de 2009, por uma overdose do anestésico propofol.
Apesar do ceticismo da mídia e certa dissidência de alguns membros da família Jackson, a maioria das críticas iniciais de Michael o consideram melhor do que o esperado, se abaixo do nível perfeccionista que o cantor de Thriller teria desejado.
"Ele não teria lançado nada como esta coleção, um punhado de outtakes e esboços organizados pela gravadora de Jackson (Sony)," disse a revista Rolling Stone. Mas a publicação reconheceu que as músicas eram faixas dignas de Jackson, acrescentando que "Michael consegue ser convincente."
O USA Today disse que a coleção de baladas, faixas dançantes e R&B, incluindo colaborações com o rapper 50 Cent e o roqueiro Lenny Kravitz, "é um empenho musical legítimo que não pode ser ignorado" e que trazia alguns tesouros.
Entertainment Weekly deu ao disco uma nota B, declarando que "certamente não é um grande insulto ao seu nome", enquanto o The New York Times disse que ele é "uma mistura do que conhecemos de Jackson: inspiração, amor, ressentimento e paranóia."
A opinião no Reino Unido -- onde Jackson planejava se apresentar em uma série 50 shows no verão de 2009 - foi mais entusiasmada.
O site musical NME.com disse que a faixa Behind the Mask é "uma revelação absoluta" em que "Jackson uiva uma melodia de ouro puro em seu melhor estilo."
O crítico Neil McCormick do jornal Telegraph disse que Jackson "arrebenta com entusiasmo e confiança" e disse que o álbum "pode ser o melhor trabalho de Jackson desde seus dias de glória nos anos 80."
"É certamente muito melhor do que qualquer um possa ter o direito de esperar... Jackson está finalmente prestes a retornar como ansiava," escreveu McCormick.
Michael é o primeiro álbum de inéditas de Jackson desde Invincible em 2001, e o primeiro em um contrato de U$250 milhões entre a Sony e os executores do espólio de Jackson para lançar 10 álbuns até 2017.
Traduzido por Bruno Couto Pórpora.