quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Michael Jackson Que Ninguém Conhece (Ebony, Dezembro 1984)

Ebony Magazine, dezembro de 1984
Por Robert E. Johnson

Como o dinâmico e magnético líder do The Jacksons, cuja turnê Victory de 1984 atraiu a maior audiência e vendeu mais ingressos do que qualquer outro show na história, Michael Jackson é um ser humano extraordinário que está além da categoria.

Apesar de ter estado se apresentando por 20 anos, o cantor/compositor/dançarino e ator de 26 anos não foi reconhecido como um super-super-star até seu álbum Thriller se tornar o LP mais vendido de todos os tempos. Desde então, muito tem sido escrito sobre ele, mas o homem atrás do superstar é ainda um mistério e um enigma midiático.

O Michael Jackson da mídia branca, interpretado geralmente através de fofocas, rumores, exaltação, e às vezes calúnia, não é o Michael que eu tenho assistido e escrito sobre desde que ele emergiu do anonimato da cidade de Gary, Indiana em 1970. Aquele Michael Jackson - o Michael Jackson que ninguém conhece - é doce, sensível, vibrante, a par dos mistérios da vida e dos sonhos e da magia das crianças. Há vários meses atrás ele me disse que estava cansado da onda de mentiras da imprensa branca. O que ele disse então foi refletido na extraordinária e reveladora declaração que ele lançou em uma conferência da imprensa através de seu empresário, Frank Dileo:

"Por algum tempo agora, eu tenho procurado minha consciência sobre se eu deveria ou não reagir publicamente sobre as muitas falsidades que tem sido espalhadas sobre mim. Eu me decidi em fazer esta declaração baseada na injustiça dessas alegações e do trauma que sofrem estes que se sentem perto de mim.

"Eu me sinto afortunado por ter sido abençoado com reconhecimento pelo meu trabalho. Este reconhecimento também traz consigo uma responsabilidade para com seus admiradores do mundo todo. Performers devem sempre servir como modelos que servem como exemplo para jovens. Me entristece saber que muitos, muitos, realmente acreditam nestas presentes falsas acusações."

"Para este fim, e eu digo FIM - 

"Não! Eu nunca tomei hormônios para manter minha voz fina."

"Não! Eu nunca alterei meus ossos malares."

"Não! Eu nunca fiz cirurgia cosmética em redor dos olhos."

"SIM!! Pretendo casar no futuro e ter uma família. Qualquer declaração ao contrário é simplesmente falsa."

"Daqui por diante, enquanto novas fantasias são lançadas, eu tenho dito aos meus advogados sobre a minha vontade de agir legalmente e conseqüentemente perseguir todos os culpados à mais completa extensão da lei."

"Como notado anteriormente, eu amo crianças. Todos nós sabemos que crianças ficam muito impressionadas e sensíveis a histórias desse tipo. Eu estou certo de que algumas já foram magoadas por estas calúnias. Em adição à sua admiração, eu gostaria de continuar a ter seu respeito."

Michael Joseph Jackson, cujo nome do meio é o primeiro de seu pai, conquistou respeito do jeito antigo - do mesmo jeito do qual ele ganhou o título "O Maior Entertainer do Mundo".

Seu álbum Thriller já vendeu aproximadamente 35 milhões de cópias e continua vendendo. Ele ganha um estimado de $2 de todos os $5 do preço do álbum e já ganhou uns $70 milhões das vendas mundiais.

Ele organizou e agora comanda corporações que cuidam de seus negócios, incluindo a Michael Jackson, Inc., que cuida da arrecadação dos royalties do seu álbum e dos seus vídeos; Experiments In Sound, que lida com novas técnicas em gravação; e Optimum Productions, que produz seus clipes e clipes de canções de outros artistas.

O maior vencedor de prêmios musicais e de vídeo, ele recebeu um recorde de oito American Music Awards, oito Grammy Awards, e o MTV Video Award.

Nascido o quinto de seis talentosos filhos de Joseph e Katherine Jackson em Gary, Indiana, 26 anos atrás (29 de agosto, 1958), ele é um pensador positivo e um artista criativo que é motivado pela profunda preocupação por toda a humanidade e um amor extraordinário por sua profissão. Seu amor por fãs que se tornaram admiradores é, talvez, sem paralelos.

Amor é o que fez Michael suportar uma das turnês de maior pressão de toda sua carreira. Apesar da Victory Tour do The Jacksons ter uma expectativa de arrecadar $70 milhões, ele não se apresentou pelo amor ao dinheiro. Ele disse que ele fez isso pelo amor à família, fãs, e entidades de caridade favoritas. Apesar de ser projetado que seus pais, que organizaram a turnê com o empresário Don King, poderiam ganhar $5 milhões e cada irmão $7.5 milhões, Michael anunciou que sua parte da arrecadação do concerto iria para três causas que valiam à pena. São elas a United Negro College Fund (UNCF), Camp Good Times para crianças com doenças terminais, e a T.J. Martell Foundation para pesquisa de leucemia e câncer.

Ele também está doando as arrecadações de um álbum especial chamado Let's Beat It, para caridade. Ele está fazendo isso, ele diz, porque as crianças o inspiraram a escrever o hit single, Beat It, "Crianças são minha maior inspiração em tudo o que eu faço," Michael disse a esse escritor. "Eu adoro crianças - sou louco por elas. Eu queria escrever uma canção, o tipo de música rock que eu compraria... eu queria que as crianças gostassem dela, as crianças da escolinha, se bem também como às do colegial," disse o sensível compositor cujas duas canções favoritas são Nutcracker Suite e Peter and the Wolf de Tchaikovsky.

Ele falou sobre a canção Be Not Always, que ele escreveu com uma pequena ajuda de seu irmão, Marlon. Na sensível e sentimental canção gravada para o álbum Victory do The Jacksons, Michael faz um apelo em lágrimas para mudar o mundo no qual "mães choram, bebês morrem sem ajuda em braços..." Ele observou que todo os seus irmãos se sentem da mesma forma em relação a crianças, "não apenas eu."

Lembrando-se de que a superstar Josephine Baker, uma entertainer que ele admirou, tinha uma nação unida de crianças que ela tinha adotado, Michael sorriu amplamente e disse com certeza:

"Eu vou ter crianças minhas, mas eu vou adotar quantas raças eu puder. É o que eu vou fazer. Eu amo crianças. Como Emmanuel Lewis (pequeno, estrela de 12 anos da série de TV "Webster"), ele é uma verdadeira inspiração."

Nada, no entanto, inspira o orgulhoso performer mais do que sua família e seus fãs. Ele falou sobre isso pouco depois de que matérias de jornais circularam dizendo que ele havia sido mimado pelo sucesso de seu LP Thriller e da proliferação de prêmios musicais, dos quais incluem o "American Black Achievement Award" da EBONY.

"Porque eu conquistei muitos recordes quebrados com Off The Wall [album] e por ter sido o cantor líder por muito tempo e agora com Thriller, que é o melhor de todos os tempos e tudo, eu não estou planejando em deixá-los," ele disse sobre o rumor de que ele planeja deixar os Jacksons após a turnê. "Eles são meus irmãos [Jackie, Jermaine, Tito, Marlon e Randy] e eu os amo carinhosamente e eu acho que a mídia começou a procurar por algo para vender jornais e eles inventam coisas e as misturam."

Michael disse no começo da turnê, "Eu estou fazendo isso pela alegria de viajar com a família inteira, e pelas crianças que compram os discos. Eu sou viciado no palco. Eu tenho que estar no palco." Uma vez durante uma entrevista em sua casa na Califórnia, onde ele ainda vive com seus pais e irmã, LaToya, Michael disse, "Eu gostaria que você colocasse essa em citações: 'Meu amor principal pelo que faço são os admiradores. Eu amo os fãs. Como quando eu estou fazendo um show e eu vejo os fãs dançando e gritando, excitados, e nós estamos levando esta alegria a eles, isto é o que eu amo mais. E é o melhor sentimento no mundo. Você está lá em cima e você está dando a eles aquela energia e aquele amor e eles estão jogando ele de volta pra você. E é ótimo. E este é o meu amor principal, o palco e fazer estes admiradores felizes."

Com a evolução da entrevista, Michael fala sobre muitos assuntos e revela coisas sobre ele que tem sido ignoradas na corrida da mídia por boatos:

EBONY: Você tem que lidar com muito stress e pressão no show business. As pessoas fazem todos os tipos de pedidos pra você e propostas vêm de todas as direções. Como você lida com este stress e pressão?

MICHAEL: Eu lido com isso de uma maneira e eu não estou me chamando de Jesus porque eu nunca nem olharia a mim mesmo da mesma forma, mas eu estou comparando isso a Jesus porque o que Deus deu a ele foi por uma razão e ele ensinou e as pessoas vieram a ele e ele não ficou bravo e empurrou elas para o lado e disse deixe-me em paz, eu não tenho tempo.

EBONY: Mas você deve encontrar alguns fãs que o pressionam e o provocam.

MICHAEL: Eu fico bravo às vezes porque há esses que chegam em você com a pior atitude e dizem a você, 'Sente, e autografe para o meu bebê'. Eles jogam isso em você. Eu digo, 'Você tem uma caneta?' 'Você não tem uma caneta? Bem, arranjaremos uma.' É isto que eles dizem para mim... Eu fico chocado com algumas dessas pessoas. Eles pensam que são donos de ti. E eles dizem a você, 'Escuta, eu fiz você ser o que é'. Eu digo, 'Espere um minuto. Você não o comprou [álbum] apenas para me ajudar. Você comprou porque você gostou dele e é essa a verdade.'

EBONY: Você é visto como um modelo para os jovens. Certa vez você apareceu na Biblioteca Pública de Chicago para encorajar os jovens e adultos a lerem, e um marcador de livros foi distribuído com uma citação sua. Você ainda gosta de ler?

MICHAEL: Eu amo ler. Eu gostaria de poder aconselhar mais as pessoas a lerem. Há um completo novo mundo nos livros. Se você não pode pagar uma viagem, você viaja mentalmente pela leitura. Você pode ver qualquer coisa e ir a qualquer lugar que quiser pela leitura.

EBONY: Você já teve a oportunidade de ler qualquer coisa relacionada com a experiência negra em termos da história negra?

MICHAEL: Oh, sim! Eu sou muito grato pelo que o Sr. [John H.] Johnson tem feito em trazer livros pela Johnson Publications... Eu acho que é bom mostrar que nós estamos contribuindo com o mundo de muitas formas. É o que muita gente pensa - que nós não contribuímos.

EBONY: Como você se mantém informado com o que os negros de hoje estão fazendo, dizendo e pensando? E quem são algumas das pessoas, outras senão sua família e da sua equipe, que influenciam no seu pensamento?

MICHAEL: Eu amo a forma que [John H.] Johnson comanda sua organização. Parece que todos são bem gentis. Eu estou certo de que há desavenças e coisas do tipo, mas todos são bem gentis... e têm tanta influência nos jovens. As pessoas estabelecem regras para suas vidas pela JET e EBONY. Quero dizer, eles pegam suas informações por estas duas revistas e as crianças, também. Eu pergunto, onde você leu isso? Eu li isso na JET. E eles se mantém informados com o que está acontecendo pela JET e EBONY. E eu acho isso maravilhoso... Deus, eu admiro pessoas como Johnson e [Walt] Disney. Eu os acho fenomenais.

EBONY: Você falou sobre a influência dos livros e as pessoas na sua vida. Que papel viajar desempenha em moldar suas atitudes e visão sobre a vida?

MICHAEL: Eu acho que antes de qualquer um se casar, deveria viajar pelo mundo se puder. É a educação mais incrível que eu já tive. Eu acho que é fenomenal. Só de ver as culturas diferentes das pessoas, os rostos diferentes, conversar com pessoas e aprender e ver... Quando eu viajei eu fiquei deslumbrado. Quando nós fomos para a Suíça pela primeira vez, eu quase comecei a chorar. De verdade.

EBONY: O que te tocou nessa viagem para lhe trazer tal resposta emocional?

MICHAEL: A beleza. É tipo, oh, Deus, chora pelo céu. É um país incrível e ele me inspira a ver essas coisas - as montanhas. As fotos não fazem justiça à Suíça. E também há a Holanda e a França. Deus, elas são incríveis, também!

EBONY: Obviamente, quando você viaja, você é mais do que um turista, você é um observador.

MICHAEL: 
Bem, muitas pessoas ficam apenas nas cidades quando viajam. Elas deviam sair e ver o verdadeiro país. Em qualquer lugar que você vá, as coisas feitas pelo homem são coisas feitas pelo homem, mas você tem que sair e ver a beleza de Deus.

EBONY: Sobre suas influências musicais: de onde você acha que os africanos derivaram sua influência musical?

MICHAEL: A música começou com a natureza. Música é natureza. Pássaros fazem música. Oceanos fazem música. O vento faz música. Qualquer som natural é música. E é de onde começou... veja, nós estamos apenas fazendo uma réplica da natureza, que são os sons que nós ouvimos.

EBONY: Stevie Wonder tem sentimentos similares com os seus em relação ao preconceito de raça, julgando de suas mensagens musicais.

MICHAEL: É por isso que eu amo o álbum mais vendido do Stevie Wonder chamado Songs in the Key of Life. Ele tem uma música naquele álbum chamada Black Man... eu gritei e pulei quando ouvi aquela canção porque ele está mostrando ao mundo o que o homem negro têm feito e o que outras raças têm feito, e ele faz um balanço maravilhoso colocando outras raças também, e o que elas têm feito. Então ele diz o que o homem negro têm feito. Ao invés de nomeá-lo de outra coisa, ele o nomeou de homem negro. É o que eu amo nela... e é a melhor forma de trazer a verdade, pela música. E é por isso que a amo.

EBONY: 
Você parece não ter nenhuma objeção em relação à mensagens na música contanto que elas sejam positivas. Sua música, ao contrário de alguns artistas, fica limpa de mensagens que glorificam as drogas. Mas as drogas são uma realidade. Como você as vê?

MICHAEL: No campo que eu estou há muito disso e me oferecem o tempo todo. As pessoas chegam ao ponto de colocar no meu bolso e sair andando. Agora, se fosse uma coisa boa, eles não fariam isso... quero dizer, alguém jogaria algo lindo no meu bolso e sairia andando? Mas eu não quero ter relação alguma com isso. Quem quer tomar algo e sentar pelo resto do dia após tomar [drogas], e não saber quem você é, o que está fazendo, onde você está? Tome algo que ira lhe inspirar a fazer coisas melhores no mundo.

EBONY: Qual é a sua relação com Brooke? Quando vocês se conheceram e a relação tem crescido?

MICHAEL: Nós nos conhecemos no Academy Awards. Ela me tirou para dançar porque eu não ia pedir pra ela. Você sabe, eu sou muito tímido e envergonhado. Então ela disse, 'Eu tenho que dançar com você essa noite'. Eu disse, ótimo. Então nós fomos para a pista de dança e dançamos. Eles estavam tocando músicas antigas de Benny Goodman, Tommy Dorsey, que não era muito dançante. Primeiro você tinha todos estes idosos carecas dançando baladas na pista, o som de Lawrence Welk. Então nós começamos a conversar e a conhecer um ao outro. Trocamos número de telefone e começamos a conversar sempre por ele e nos tornamos grandes amigos.

EBONY: Isto quer dizer que Brooke tomou o lugar de Tatum como amiga especial?

MICHAEL: Tatum me liga o tempo todo e eu espero que ela leia esta entrevista porque eu infelizmente não pude atender todas as ligações dela. Mas ela ainda é uma grande amiga minha.

EBONY:
 Ambas Tatum e Brooke são boas atrizes. Você atuou bem em The Wiz. O que está no futuro para você em relação a filmes?

MICHAEL:
 Eu estou muito animado com muitas coisas que eu quero fazer e que eu irei fazer em filmes e outras coisas. Eu mal posso esperar... desde The Wiz propostas incríveis têm chegado a mim, coisas que ainda estão sendo trabalhadas.

EBONY: 
Uma vez você disse que você irá ser cuidadoso em relação a escolher seu próximo papel para que você não seja mais tachado. Você disse que desde The Wiz algumas pessoas ainda o chamam de Espantalho por causa do papel que você interpretou.

MICHAEL: Qualquer papel que você interprete, as pessoas o ligam com a sua personalidade. Mas é atuação. Você está interpretando outra pessoa... eu gostaria que isto não se chamasse atuação porque eu realmente não gosto de atores. Quero dizer, a palavra atuação.

EBONY: Por favor, elabore.

MICHAEL: Eu não acho que atuação deveria ser atuação. Atuação, se você está atuando, você está imitando a realidade. Você deveria criar a realidade. Deveria ser chamado acreditar. Veja, eu sempre fui contra isso quando pensava em atuação. Eu não quero ver um ator. Eu quero ver alguém em que possa acreditar. Eu não quero ver alguém que irá imitar verdades. Não é real então. Eu quero ver uma pessoa que irá acreditar na verdade... É quando você emociona uma platéia.

EBONY: Que tipo de perguntas você gostaria que perguntassem a você mas ninguém nunca perguntou?

MICHAEL: Boa pergunta. Provavelmente sobre crianças ou escrever, ou apenas sobre o que eu falei... Você não faz um mundo melhor de mentes quando as pessoas colocam as coisas erradas em suas letras e dão as visões erradas no palco e em tudo. É muito importante e eu acho que isto pode levar tantas pessoas ao caminho errado, porque um artista pode ser levantado tão alto em sua carreira que isto pode mudar o mundo todo pelo que ele faz ou pensa. Eles ouvem a ele antes do presidente ou de qualquer outro grande político. Você tem que ser cuidadoso. Eles podem mudar a vida destas pessoas pelo que dizem e fazem. É por isso que é importante mandar vibrações de amor e é por isso que eu amo o que faço... Quando Marvin Gaye lançou o álbum What's Going On tantos negros e brancos também - mas a maioria negros - foram educados. 'Acorde. O que está acontecendo? Acorde.' Quero dizer, aqueles que não vêem as notícias, não lêem os jornais para realmente penetrar nas profundezas do humanismo. O que está acontecendo? Acorde.

EBONY: Têm acontecido algumas campanhas contra as chamadas músicas de letras sujas de alguns grupos musicais populares. Você tem alguma opinião sobre tais grupos e suas letras?

MICHAEL: Às vezes eles vão longe demais. Eles não deixam nada para a imaginação. Se eu deixasse o palco nu, não há imaginação. Eu não estou deixando eles imaginarem como eu pareço sem roupas. Mas você vê, eles exageram... nós temos que deixar a eles algo para imaginar. As pessoas vão longe demais às vezes. Eu acho importante seguir o exemplo certo porque há muitas crianças que nos têm como ídolos.

Enquanto o ano mais produtivo de sua carreira chega ao fim e seus talentos o ajudaram a ganhar cerca de $100 milhões, Michael não está contente em descansar em suas glórias. Ele enfrenta um futuro guiado por duas observações, duas das quais ele disse: "Eu estou interessado em fazer um caminho ao invés de seguir um rastro e é isto o que quero fazer na minha vida - em tudo que eu faço," Michael disse a este escritor em uma entrevista em 13 de julho de 1979.

Ele fez a outra observação em seu papel como Espantalho em The Wiz, um filme que ele fez com uma de suas amigas mais queridas - Diana Ross.

Em uma cena perto do final do filme, Michael fala estas palavras pelo seu personagem Espantalho: "Sucesso, fama, fortuna - são todas ilusões. A única coisa verdadeira é a amizade que dois podem dividir."

Estes são os pensamentos do Michael Jackson que ninguém conhece.


Traduzido e editado por Bruno Couto Pórpora.