terça-feira, 15 de março de 2011

Michael Conquista o Japão e Continua Sua Turnê Mundial (JET, Novembro 1987)

JET, 9 de novembro de 1987

Em 47 A.C, Júlio César, um general romano, também um dos maiores homens da história do mundo, referiu-se a sua vitória em Zela com este despacho: “Veni, vidi, vici” (“Eu vim, eu vi, eu conquistei”).

Ao final de seus 14 shows, em 14 estádios de três cidades do Japão, Michael Jackson, um cantor/compositor que entrou nas páginas da história como o maior artista do mundo, com 40 milhões de unidades vendidas de seu álbum Thriller, poderia dizer o mesmo de sua conquista musical do Japão.

Cantando e dançando durante 1 hora e 45 minutos por noite, amparado no palco por 16 pessoas – incluindo dois guitarristas, um baixista, um baterista e três tecladistas – Jackson atraiu quase 500,000 fãs gritando e berrando selvagemmente. E a “mania Michael”, que tragou principalmente Tokyo, Osaka e Yokohama, resultou na venda de 600,000 cópias de Bad, o mais novo álbum de Jackson, que o empresário do cantor, Frank Dileo, disse ter vendido 9 milhões de cópias a nível mundial. As vendas fenomenais representam sete semanas.

A Reação dos Fãs Japoneses a Michael Foi Emocionante

Enquanto ele se dirigia a Hong Kong para descansar e relaxar antes de continuar sua turnê mundial em sua próxima parada na Austrália, Jackson encontrou tempo para saborear sua conquista do Japão.

 “Eu amei demais o show. Os fãs foram demais. Eu os amo demais,” disse Jackson. “Esperávamos que eles (os fãs japoneses) ficassem reprimidos por causa de sua reputação. Surpreendi-me muito. Eu sinto um grande amor pelo povo japonês e fiquei feliz por poder ter estado lá,” entusiasmou-se Jackson. 





O sensível cantor/compositor tentou expressar este sentimento aprendendo a falar um pouco de japonês. Após abrir um show com seu agitado hit Wanna Be Startin’ Something, Jackson diz em japonês, “Boa noite! Eu amo vocês!”

Embora ele tenha achado tempo para comprar livros, relógios antigos, discos e jóias, também visitou a Disneylândia de Tokyo para ver o seu filme, Captain EO. O prefeito de Osaka o presenteou com uma chave da cidade e fãs em cada um de seus shows o banharam com centenas de presentes. Estes incluíam caixas de música, câmeras, gravadores de fita K7, roupas e belas telas japonesas.

O pai do cantor, Joseph Jackson, que assistiu seu filho estrear como artista solo no Japão, tem sentimentos variados acerca do passeio oriental.

 “Os shows foram ótimos – tanto quanto os da The Victory Tour”, o pai disse, referindo-se aos altamente bem-sucedidos shows de 1983-84 que exibiam Michael e seus irmãos – Jermaine, Tito, Marlon e Randy. O pai diz estar entristecido com o tratamento que Michael está recebendo da imprensa. “Eu não gosto do que estão fazendo com Michael na mídia. Estão acabando com ele,” falou à JET. “Estão chegando ao extremo de tentar atrapalhar sua carreira,” disse aludindo à algumas histórias que tem lido.

 “Michael está ciente do que está acontecendo, mas eu não sei o que ele vai fazer quanto às mentiras,”, contou o pai. Ele acredita que muito do que está acontecendo é engenhado para colocar os fãs contra o seu filho superstar, fazendo com que seu novo álbum, Bad, não venda mais do que Thriller, dono do recorde mundial de vendas.

Apesar das histórias negativas que aparecem na imprensa sobre o inimitável artista, seu LP Bad pode superar Thriller se o ritmo continuar. Seu empresário está especialmente otimista porque o álbum está no mercado há quase oito semanas e vendeu 9 milhões de cópias. Thriller vendeu menos de dois milhões durante os primeiros dois meses.

Dileo disse que Jackson criará novos shows para seu calendário nos EUA no ano que vem.


Traduzido por Lucas Bucchile